Não é novidade para ninguém que no Brasil acontece muito o hábito da automedicação, inclusive seguidos pelo uso indiscriminado desses medicamentos.
Isso, infelizmente, é até mesmo considerado como algo “cultural” por grande parte dos brasileiros.
Afinal, é comum as pessoas comprarem analgésicos, antibióticos, relaxantes musculares, entre outros, sem nenhuma indicação.
Porém, além das pessoas manterem esse hábito nos dias atuais, a situação se agravou durante a pandemia.
Automedicação na Pandemia
Uma pesquisa feita em 2019 pelo Conselho Federal de Farmácia, em parceria com o Datafolha, informa que 77% dos brasileiros entrevistados que utilizaram medicamentos, afirmam que costumam utilizar os remédios por conta própria, sem prescrição.
Ainda segundo essa pesquisa: “A frequência de uso de medicamentos sem prescrição é maior entre o público feminino: 53% das entrevistadas informaram utilizar medicamentos por conta própria no mínimo uma vez ao mês.”
Durante a pandemia o crescimento do uso de medicamentos sem prescrição aumentou, mesmo que não tenha nenhuma prova de que os medicamentos vendidos seriam eficazes contra o vírus.
E esse uso descomedido aumenta mais ainda os riscos que as pessoas correm ao se automedicar.
Afinal, são vários os efeitos colaterais que as pessoas podem sofrer com a automedicação.
Quais os riscos da automedicação?
Podemos caracterizar a automedicação como a compra e o uso de medicamentos sem a indicação de um profissional qualificado.
Ou seja, esse hábito da compra dos fármacos é feito por conta própria ou através da indicação de outras pessoas que não sejam profissionalizadas na área.
Isso pode acarretar diversos problemas como:
- Intoxicação;
- Disfarce dos reais sintomas da doença (sem estar totalmente curado);
- Reações alérgicas;
- Dependência;
- Mutação da doença;
- Interação medicamentosa, entre outros.
Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para o sucesso do tratamento de qualquer tipo de problema de saúde.
Diferença entre uso indiscriminado e automedicação
Esses termos são muito confundidos entre si, porém, além de serem diferentes, podem ser complementares e ambos trazem risco para a saúde da pessoa.
O uso indiscriminado de medicamentos está relacionado com o uso excessivo de remédios.
Normalmente, isso ocorre junto com a automedicação, pois, sem uma indicação médica qualificada, a pessoa não sabe qual é o medicamento correto, a dose exata, nem mesmo a quantidade que deve tomar.
Ainda assim, o uso indiscriminado pode ocorrer mesmo com uma prescrição médica, em ocasiões que as orientações do médico não são respeitadas.
Medicamentos que aumentaram a venda durante a pandemia
Conforme a pesquisa citada acima, os medicamentos relacionados à pandemia que mais foram vendidos foram:
- Hidroxicloroquina
- Paracetamol
- Dipirona
- Colecalciferol
- Ácido Ascórbico, etc.
Porém, nenhum deles foi confirmado como eficaz na luta contra o vírus.]
O uso correto do medicamento, feito de forma indicada é o essencial para um tratamento eficaz e sem riscos para a saúde das pessoas.
0 Cometários