Notícias/Blog

Sporothrix brasiliensis: devemos nos preocupar?

Até pouco tempo atrás, o fungo Sporothrix brasiliensis era pouquíssimo conhecido. Principalmente, porque ele era inofensivo para a saúde do ser humano, até então.

Porém, nesses últimos dias, foram descobertos casos de infecções em mais de 12 mil pessoas, sem contar os cães e gatos afetados.

Com isso, um sinal de alerta foi acionado e diversos estudos estão sendo feitos para o controle da doença causada pelo fungo, bem como a descoberta de um tratamento de qualidade.

No texto de hoje vamos trazer um pouco sobre esse assunto, o que é o fungo, como ele está sendo transmitido e por que ele se tornou uma ameaça.

Disseminação do Sporothrix brasiliensis

O fungo Sporothrix brasiliensis passou a ser conhecido apenas na década de 1990.

Porém, nesse período ele era encontrado apenas no solo e nas plantas, por ser essencial para decompor a matéria orgânica na natureza, sem apresentar riscos para os seres humanos.

Foi apenas em 2018 que casos de esporotricose, causados por este fungo, vieram à tona e foram reconhecidos.

Com isso, os pesquisadores voltaram a estudar os casos e foi descoberto que o S. brasiliensis é transmitido por cães e principalmente gatos para os humanos.

Porém, é muito importante lembrar que os animais não são a causa dessa doença.

Assim como as pessoas, eles também são vítimas e sofrem com os sintomas causados pela esporotricose.

A esporotricose nos animais

Nos animais a esporotricose se manifesta por um tipo de micose, uma das piores que pode acometer cães e gatos.

A transmissão ocorre através de feridas abertas ou por arranhões e perfurações por espinhos contaminados.

Os principais sintomas são ferimentos na face e nas patas que não cicatrizam. Por isso, é muito importante que os tutores dos animais fiquem de olho em possíveis machucados.

Assim poderão tratá-los e evitar a transmissão.

Como a doença é transmitida para os seres humanos?

A transmissão dessa doença para os seres humanos se dá através de arranhões e machucados provocados pelo animal infectado.

Após essa contaminação entre animal-humano, é possível ocorrer a transmissão humano-humano por meio de fluidos da pessoa contaminada.

Nos seres humanos os sintomas são mais evoluídos do que nos animais, iniciando com uma ferida parecida com uma picada de inseto, porém quando evolui pode se expressar como:

  • Contaminação dos pulmões
  • Tosse
  • Falta de ar
  • Dor ao respirar
  • Febre, etc.

Os sintomas não são facilmente percebidos, por isso, é muito importante evitar possíveis acidentes com os animais, como os arranhões e mordidas.

E caso ocorra, buscar ajuda médica.

Existe tratamento?

Existe sim!

Porém, como a doença surgiu “recentemente” e as pesquisas ainda estão em andamento, ele ainda é demorado e nem sempre é 100% eficaz.

O tratamento consiste em medicação com antifúngicos, porém ele só deve ser iniciado após uma avaliação clínica com orientação de um médico de confiança. Assim, ele poderá acompanhar seu caso.

Normalmente o tempo de duração desse tratamento varia entre 3 e 6 meses, dependendo do nível de infecção e da resposta do indivíduo aos medicamentos.

Gostou do conteúdo? Compartilhe!